Por Evandro Santo (Christian Pior)
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Na verdadeira vida adulta você vai valorizar uma aspirina, às vezes mais que um imóvel próprio.
E a vida adulta é feita de dores de cabeça, inseguranças, dias de tentativas, ingratidões e boas surpresas.
Sim, existe luz no fim do túnel e às vezes no meio dele também.
É mais fácil administrar um time de futebol com membros estrelas e hiper-ativos do que negociar suas próprias angústias.
E não adianta fugir. Não se foge da vida, é perda total de tempo. Você só adia a dor e a prolonga.
Estamos em uma selva disfarçada de prédios, metrôs, fome, roupas de grife, sonhos, escapismos, sorrisos calculados e alegrias forçadas.
Mas muitas vezes as alegrias são verdadeiras, os prazeres aparecem com tudo e muitas satisfações te farão suspirar mais fundo.
Viver ainda é um bom negócio.
Não adianta desistir da vida.
É ela que desiste de você quando bem quiser, quando achar melhor.
A vida pode ser um fardo, uma obrigação, uma penúria ou um prazer, uma grande experiência, a sensação do orgasmo contínuo.
Você nunca vai conseguir entende-la na sua limitada ótica de “começo, meio e fim”.
Ela é algo que vai além de nossas pretensiosas conclusões, algo que vou além da minha e da sua esperança.
Perante ela, somos limitados, temos prazo de validade, somos frágeis filhotes no ninho da águia, que em breve, serão devorados.
E a dor e o prazer não tardam, andam juntos, olhando em direções opostas, mas sempre juntos, vida…
Este romance terá um fim.
Não sei se feliz
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