sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Castelo

Amo você. Mesmo com o fim. Ainda com a derrubada do castelo. Ainda vendo somente as ruínas...
Eu construí o castelo. Usei rochas fortes. Evitei areia. Plantei flores no jardim.
A cada dia complementava a construção com mais peças de amor. Tudo o que eu tinha, entreguei.
Procurei buscar tudo que pudesse manter o castelo e o amor firmes. Virei um engenheiro.
Em cada tijolo, um pedaço do meu coração. Em cada parede pintada, o brilho do meu olhar.
E você, dona do meu castelo, ficou no alto da torre. Eu a admirando, minha princesa.
O castelo ficou lindo, parecia tão forte e que nunca desmoronaria. Um verdadeiro bunker.
Mas aí o seu amor acabou e o castelo desmoronou. E tudo se revelou nas ruínas.
A princesa era mesmo você, o castelo era mesmo meu. Mas quando o seu amor acabou e deixou o alto da torre, tudo veio abaixo.
As flores do jardim, murcharam. Me machuco nos espinhos todas as vezes que volto lá.
Em meio a tanta dor, percebi que o castelo era na verdade, o meu coração que ainda sangra.
Quando você me deixou, meu coração se partiu em pedaços. Agora tento juntá-los e muitos parecem não se encaixar.
Eu choro compulsivamente. No local onde havia o castelo corre um rio de lágrimas cobrindo os destroços de uma grande construção.
Mesmo sem flores, sem paredes coloridas e sem castelo algum, eu amo você.
Eu não preciso de um castelo, eu não preciso de flores porque posso plantá-las. Eu preciso é de você.

Um comentário:

  1. Simplesmente encantador... De onde vem tando inspiração... Tá na hora de reconstruir o castelo sem ninguém na torre... Reconstrua o castelo da vida que o amorvem junto.

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