terça-feira, 20 de julho de 2010

Aleatório

Por Bruno Azevedo em http://www.pensamentosdobruno.blogspot.com/


Coração é bicho solto, fera indomável – mula sem parelha. Nem adianta forçá-lo a gostar de alguém. Para amores, o coração é meio vesgo – sempre olha para o lado, quando deveria estar olhando para frente (e é sempre o lado errado). Em matéria de sentimentos, razão e emoção são duas peças que não se encaixam no quebra-cabeças da vida. E a vida segue com suas lágrimas que rolam e com seus corações que doem (e como doem).

E para todos aqueles que pescam pelos mares da vida, saibam que eu também sou um pescador. Já peguei peixe grande – dias de sorte; mas também tive meus dias de azar, em que perdi o peixe e até mesmo a linha. Peixes são mesmo animais escorregadios, tem a liberdade nas veias, não é nada fácil capturá-los. Nesses dias pensei que talvez o problema fosse o anzol inadequado ou a isca errada, mas em verdade não tinha problema nenhum, pois, parafraseando o ditado – um dia é do peixe, outro do pescador.
Por fim, caro pescador, aqui vai um conselho tirados das lições que aprendi em meus dias de pescaria: se o peixe lhe escapar, o bom é não chorar – não vale à pena. No máximo permita-se ficar triste, mas só um pouco, pois a alegria é o tempero da vida. Volte pra casa sem mágoa e já que o dia não tava pra peixe, coma carne.
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Ninguém vive de sonhos. Ninguém vive de dias que nunca aconteceram. Amores que nunca se realizaram, não enchem corações. Lábios que nunca se tocaram, são beijos não acontecidos. Propostas vêm e vão, mas nunca viveremos as que nunca foram. Vivemos o momento presente, não um futuro que imaginamos. Vivemos a realidade e esta, pode ou não ser mais cruel do que aquilo que idealizamos. Quem pinta a realidade somos nós mesmos e usamos as cores que queremos (ou possuímos) se você têm poucas matizes, poderá nunca ter um céu colorido, mas se usar a imaginação da forma correta, poderá ter o céu que quiser.

PS: Meu coração é um eterno pôr-do-sol, aqueles de dias quentes de verão. São mil tons de um vermelho vivo prenunciando uma noite mansa – leve brisa que acalma e fascina abaixo de um céu estrelado.

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